Auto Lesão Não Suicida se constitui como comportamento complexo, multifatorial, sendo um importante problema de saúde pública, em especial na adolescência.
A característica essencial da autolesão não suicida é o comportamento repetido do próprio indivíduo de infligir dano intencional à superfície do seu corpo, sem intenção suicida. Em geral, o propósito é reduzir emoções negativas, como tensão, ansiedade, tristeza, autocensura ou, com menos frequência, resolver uma dificuldade interpessoal. A pessoa frequentemente relatará uma sensação imediata de alívio que ocorre durante o processo.
Geralmente tem início entre a fase inicial e meados da adolescência e pode continuar por muitos anos, com idades de início mais precoces associadas a manifestações mais graves. Os indivíduos geralmente aprendem sobre o comportamento por recomendação ou observação de outros, por meios de comunicação e por redes sociais.
O Transtorno da Auto Lesão Não Suicida é fortemente preditivo de ideação suicida e tentativas de suicídio.
Como formas de tratamento, podemos citar a importância da prevenção (promoção da autoestima, suporte familiar, suporte e conexão social, redução do estigma em saúde mental etc.). Ainda, podemos citar alguns tipos de abordagens como a psicoeducação, a terapia cognitiva comportamental (TCC) e a terapia dialético comportamental, além do tratamento dos transtornos mentais coexistentes. Alguns casos podem necessitar de tratamento medicamentoso.