Depressão Perinatal (ou depressão pós-parto)

A gravidez e o pós-parto são períodos marcados por modificações fisiológicas desafiadoras para a homeostase do sistema nervoso central. O período pós-parto é caracterizado por uma rápida mudança no ambiente hormonal e muitos pesquisadores têm proposto um papel para essas alterações hormonais no surgimento de doenças afetivas pós-parto.

Na prática há um debate sobre o que constitui o período pós-parto, podendo variar de 4 semanas do pós-parto (de acordo com o DSM 5 – depressão com início no periparto) até 12 meses pós-parto. Na verdade, 50% dos episódios depressivos maiores no “pós-parto” começaram antes do parto.

Outros fatores podem desempenhar um papel na etiologia da Depressão Pós Parto (DPP), como insatisfação conjugal e/ou apoios sociais inadequados e eventos estressantes de vida que ocorrem durante a gravidez.

Embora todos esses fatores possam agir em conjunto para causar DPP, o surgimento desse distúrbio provavelmente reflete uma vulnerabilidade subjacente à doença afetiva. Ou seja, mulheres com história de depressão maior ou transtorno bipolar são mais vulneráveis à DPP.

Tratamento: em casos leves, terapias psicossociais têm sido indicadas. Em casos moderados a graves, sugere-se acrescentar fármacos antidepressivos. Ainda, técnicas de estimulação cerebral não invasiva (como a estimulação magnética transcraniana e a eletroconvulsoterapia) podem ser utilizadas.

Lembrar que o tratamento deve envolver uma equipe multiprofissional, composta por obstetras, psiquiatras e psicólogos.

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