A ansiedade é uma emoção normal em circunstâncias de ameaça ou perigo, e ela nos deixa mais focados e preparados para enfrentar esses desafios. Entretanto, existem muitas ocasiões em que a ocorrência da ansiedade é mal adaptativa, por ser excessiva ou persistir além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.
Os transtornos de ansiedade caracterizam-se pelo conceito de sintomas centrais de medo e preocupações excessivos, além das perturbações comportamentais associadas. O medo é a resposta emocional a ameaça iminente, real ou percebida. É com frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica (taquicardia, sudorese, falta de ar etc.), necessária para a “luta ou fuga”.
Já a ansiedade é a antecipação de ameaça futura, causando preocupação. A preocupação pode envolver sofrimento ansioso, expectativas apreensivas, pensamentos catastróficos e obsessões, e está hipoteticamente ligada a alças de retroalimentação córtico-estriada-tálamo-corticais (CETCs) do córtex pré-frontal.
O sentimento de medo pode ser regulado pelas conexões recíprocas que a amígdala compartilha com áreas essenciais do córtex pré-frontal, que regulam as emoções. Mas não é só isto. O medo pode causar hiperativação da resposta endócrina, com ativação do eixo HHSR e aumento do cortisol, com implicações significativas para a saúde.
Pode causar também uma hiperativação da resposta autonômica (com aumentos da frequência cardíaca e da pressão arterial), que a longo prazo pode levar ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Como formas de gerenciar a ansiedade, podemos citar:
– faça pausas nas notícias, inclusive nas redes sociais;
– cuide do seu corpo (alimentação saudável, atividades físicas, consultas médicas
regulares etc.);
– durma o suficiente;
– mova-se mais e sente-se menos;
– limite a ingestão de álcool. Evite fumar e usar drogas ilícitas;
– arranje tempo para relaxar (meditação, alongamentos, técnicas de respiração);
– conecte mais com outras pessoas;
– cuide de sua espiritualidade;
– busque ajuda profissional (psicólogos, psiquiatras etc.).
Para casos mais graves de ansiedade, podemos utilizar a terapia medicamentosa.