Qualquer momento de transição e mudança no ciclo de vida oferece oportunidades para avanços, mas riscos também. Os estudiosos acreditam que a tendência a praticar comportamentos de risco pode refletir a imaturidade do cérebro adolescente.
E afinal, o que é comportamento de risco?
Fala-se em comportamento de risco quando uma pessoa, voluntária e repetidamente se expõe ao perigo com a possibilidade de colocar em jogo a sua integridade física ou mental e, até mesmo, a própria vida.
Os adolescentes se interessam e são mais influenciados por seus pares e relações sociais. Além disso, eles demonstram maior tendência à impulsividade e a comportamentos de risco e têm maior probabilidade de experimentar drogas e bebidas alcoólicas.
Uma explicação possível se baseia nos padrões de desenvolvimento cerebral. Como o desenvolvimento começa na porção mais posterior do cérebro e avança para frente, às áreas subcorticais, incluindo o sistema límbico e de recompensa, amadurecem mais cedo. Por outro lado, o subdesenvolvimento dos sistemas corticais frontais, em comparação, pode ajudar a explicar por que os adolescentes tendem a buscar excitações e novidades e por que muitos deles têm dificuldade para se concentrar em metas de longo prazo.
O que os pais podem fazer?
É preciso abrir espaço para o diálogo sobre diferentes assuntos; discutir a empatia (o conceito de se colocar no lugar do outro) ainda nos primeiros anos de vida; noção de respeito pelo corpo e o espaço do outro. Estimular o comportamento pró-social, além de valorizar as competências e os interesses genuínos dos adolescentes. Buscar ajuda psicológica ou psiquiátrica para casos que fogem ao controle.