Dados alarmantes da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) preocupam e levantam questionamentos
Nos últimos dez anos, diferentemente do observado no resto do mundo, o Brasil registrou um aumento de 43% nos casos de suicídio, passando de 9.454 em 2010 para 15.507 mortes em 2021. Esse crescimento é especialmente preocupante entre os adolescentes, onde a taxa subiu 81%, indo de 3,5 para 6,4 suicídios por 100 mil habitantes. Entre menores de 14 anos, o aumento foi ainda mais expressivo, com uma elevação de 113% na taxa de mortalidade por suicídio de 2010 a 2013, tornando o suicídio a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos e a segunda causa de morte em jovens entre 14 e 19 anos.
Esse cenário reflete uma crescente crise de saúde mental no país. A depressão, por exemplo, afeta cerca de 5,8% da população brasileira, sendo um dos principais fatores de risco para o suicídio. A falta de acesso a tratamentos adequados, estigma social e escassez de profissionais especializados agravam ainda mais a situação.
O Setembro Amarelo, criado para conscientizar sobre a prevenção ao suicídio, tem sido fundamental para abrir o diálogo sobre saúde mental. No entanto, especialistas apontam que, apesar dos esforços, os números continuam a crescer. Isso indica que, além da conscientização, é urgente a implementação de políticas públicas eficazes, ampliação do acesso a serviços de saúde mental e a promoção de ambientes de apoio social.
Conversar abertamente sobre sentimentos, oferecer apoio emocional e incentivar a busca por ajuda profissional são atitudes essenciais. A escuta ativa e a empatia podem salvar vidas. É fundamental que todos, desde familiares até profissionais de saúde, estejam atentos aos sinais de alerta e prontos para oferecer suporte.
Se você ou alguém que você conhece está passando por momentos difíceis, não hesite em buscar ajuda. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso 24 horas por dia, 7 dias por semana, pelo telefone 188.
